quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Elefante acorrentado


Você já observou o elefante no circo?
Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.
Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto,
contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas
a uma pequena estaca cravada no solo.

A estaca é só um pequeno pedaço de madeira.
E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele,
capaz de derrubar uma árvore com sua própria força,
poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério!
Por que o elefante não foge?

Há alguns anos descobri que, por sorte minha,
alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta:
o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso:
naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar.
E, apesar de todo o esforço, não pôde sair.

A estaca era muito pesada para ele.
E o elefantinho tentava, tentava e nada.
Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino:
ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente,
esperando a hora de entrar no espetáculo.

Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode.
Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra
algo fora do comum, como um incêndio por exemplo.
O medo do fogo faria com que o elefante
em desespero quebrasse a corrente e fugisse.

Isso muitas vezes acontece conosco!
Vivemos acreditando em um montão de coisas que não podemos ter,
que não podemos ser,
que não vamos conseguir,
simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes,
algo não deu certo ou ouvimos tantos nãos
que a corrente da estaca ficou gravada na nossa memória com tanta
força que perdemos a criatividade e aceitamos o
sempre foi assim.

Poderia dizer que o fogo para nós seria: a perda de um emprego,
doença de alguém próximo sem que tivéssemos dinheiro para fazer o tratamento, ou seja,
algo muito grave que nos fizesse sair da zona de conforto.

A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras,
colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes!

Não espere que o seu circo pegue fogo para começar a se movimentar.

Vá em frente!



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