domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Interação família e escola

Hoje se prega que a escola se transforme saia do cenário transmissivo para o de comunidade de aprendizagem, onde professores e alunos têm coisas a aprender e a ensinar. Isso exige um modelo diferente de ensino. O objetivo não é que apenas os professores ensinem e os alunos aprendam, mas que toda a comunidade educativa – professores, pais e alunos – participem do processo de aprendizagem, estabelecendo uma nova relação entre a escola e a família. A parceria da família nas atividades escolar visa possibilitar ao aluno a construção do conhecimento e dos valores e é uma grande contribuição para melhoria das ações gestoras e docentes. O processo educacional depende da articulação desses dois âmbitos constitucionais que se complementam. Compreender o indivíduo em sua totalidade coloca o processo ensino-aprendizagem em outro patamar que é o de buscar sua gênese, sua origem com posturas mais abrangentes incorporando não só os aspectos cognitivos, mas afetivos e sociais. É preciso observar quais interesses e atividades predominam na escola e em cada família para criar redes de relações e de responsabilidade entre as pessoas, pois se todos se sentirem acolhidos passarão a participar de outras atividades ao lado de seus filhos. Não se apegando apenas a aquisição de conhecimento conteudista, mas sim, a uma diversidade de atividades, que venham estabelecer uma ponte entre a comunidade dos pais e a comunidade escolar. Toda escola tem ao menos um canal institucionalizado de comunicação com as famílias: a reunião de pais. O modelo desses encontros, porém, pode mais afastá-los do que aproximá-los da instituição. "Eles devem ser chamados para compartilhar conquistas no desenvolvimento dos filhos e não apenas quando a escola necessita que eles façam alguma coisa". Alguns aspectos abordados nas reuniões fazem com que as famílias percebam a importância de garantir a freqüência dos filhos às aulas. Entre eles estão as apresentações dos assuntos que serão abordados a cada semestre, a forma como as crianças costumam aprender determinados conteúdos e as atividades previstas para serem realizadas no período. Cada escola pode detectar o que serve melhor à comunidade e elaborar propostas de reunião. Existem, por exemplo, as que promovem dinâmicas de grupo, brincadeiras ou atividades entre familiares e alunos: tudo para estimular o envolvimento. O que não pode haver é a limitação das reuniões a questões como a indisciplina dos estudantes: acima de tudo, a reunião deve ter caráter pedagógico. "Algo precisa ficar claro: é a escola que presta serviço à comunidade, não o contrário”. Por isso, a equipe escolar deve, sim, prestar contas e envolver os pais no trabalho que desenvolve e todos saem ganhando com isso.”
Afinal, a relação entre a escola e os pais deve ser de parceria, e as reuniões têm um grande poder de aproximar família e escola. Os pais recebem orientações, esclarecem dúvidas e, assim, estabelecem uma relação de confiança e cooperação com os professores. traz benefícios aos pais e, conseqüentemente, ao aluno, pois a troca de vivências é grande. E o importante que os pais dos alunos se conheçam e troquem experiências.
É importante o acompanhamento dos pais para o bom desempenho dos filhos no processo de escolarização. Fortalece os vínculos entre a escola e a família. A construção com os pais no desenvolvimento das ações efetiva a participação.
É preciso propiciar uma caminhada lado a lado efetivando uma cumplicidade entre pais alunos e professores, fazer reunião não é só aplicar dinâmicas, dar lanchinho ou diverti-los, mas envolver os pais e estabelecer uma relação construtiva com a escola e despertar o interesse, prazer e consciência de que é necessário ser ativo na vida escolar do seu filho, independente de carência cultural, de problemas de aprendizagem ou de comportamento.
Que eles cheguem ate a escola por vontade própria, para compartilhar suas duvidas, manifestar suas dificuldades e ser ouvido de verdade.
E essa mudança deve começar pela reunião de pais e mestres onde ira favorecer um entrosamento maior entre os pais e dos pais com os professores em um ambiente descontraído e dinâmico, Com empolgação, cooperação e participação de todos.
Dessa forma a troca de experiência, a parceria pode contribuir para a formação cidadã dos alunos e solidificar a construção dos conhecimentos. Com certeza o envolvimento dos pais na reunião será gratificante porque os aproximará não apenas da escola como também de outros pais e toda comunidade. A reunião de pais sozinha não faz a qualidade da relação entre família e escola, mas a consciência do seu papel na complementação da educação dos filhos e na sua formação e a responsabilidade da escola não é só pelo momento que acolhe o aluno, sua atuação tem reflexos posteriores na própria vida e na vida da sociedade.
Ressaltando que a proximidade e a confiança entre escola e família quando transmitidas aos alunos, fazem com que eles se sintam mais seguros, aprendam mais e se relacionem melhor.
Não podemos ter uma educação de qualidade sem a participação ativa de toda comunidade escolar, a parceria quando esta afinada pode contribuir para estabelecer um objetivo comum em casa e na escola de formar pessoas melhores e humanizadoras para a sociedade.
O grande desafio e fazer uma escola bem relacionada com as famílias dos alunos, não apenas trazer os pais para a escola, mas fazer com que eles entendam a escola de seus filhos, como eles se relacionam com os colegas, o que eles aprendem e como aprendem. E a reunião de pais pode ser um dos momentos relevantes para isso. Pois sabemos que as crianças precisam acreditar que são queridas e este carinho deve ser demonstrado pela atenção individual que recebem uma atenção que respeita seu nível de inteligência, seus sentimentos e sua capacidade.
Karmem Amambahy

0 comentários:

Postar um comentário