domingo, 3 de abril de 2011

PSICOLOGIA APLICADA AO COMPORTAMENTO

CONTORNOS DA IRRITAÇÃO E DA IMPACIENCIA: Domine sua irrtação e impaciencia e poupe seus nervos. Demonstrações de irritação tem sua origem numa revolta contra a modificação de uma linha de ação arraigada no sistema nervoso. Uma criança que age dessa forma, revela apenas que foi educada de uma certa maneira. Se essa criança está habituada a ingerir determinados alimentos ou a levar-se de acordo com certas normas, não aceita facilmente modificações e se irrita. Já uma criança, cuja corrente nervosa seja mais fraca, não se irrita com tanta facilidade. No entanto, convém salientar, a criança que revela um temperamento facilmente irritável demonstra possuir uma vontade forte, sem qualquer dúvida, uma excelente armadura psicológica para a conquista das suas ambições. A irritação mostrada por uma criança, na realidade, não obedece a qualquer plano deliberado. Antes que dê conta do que faz, ela o faz. Isto é produto da educação recebida. Ensinaram-lhe a esperar que certas coisas acontecem sempre da mesma forma. Não esta, portanto, preparada para modificações. Daí a irritação. A disposição mental do adulto para com as contrariedades é muito diferente do que a da criança. Nesta, a aversão é inconsciente; no adulto é consciente. Uma pessoa adulta pode facilmente classificar os objetos e circunstancias que lhe causam irritação. Assim, se predispõe favoravelmente com certos objetos, considerando-os agradáveis e também se predispõe desfavoravelmente contra outros, tachando-os de desagradáveis. Pode mesmo prevenir sua irritação no caso que surjam alguns desses estímulos. O sistema nervoso já prevenido contra certos fatores, evita a irritação. Considerando a essência e direção de cada estado mental é lógico que em oportunidades diferentes se esteja a favor ou contra certos objetos. Um exemplo: um chefe de família, para ajudar a esposa, toma conta da criança por algumas horas, depois do seu trabalho diário. Um dia lhe agrada a tarefa, enquanto que em outros dias a coisa lhe é decididamente insuportável. Este é um caso de disposição mental. Sem qualquer dúvida, ele ama o filho e se irrita por ter que cuidá-lo não é porque não disponha de tempo, nem porque seja algo inconveniente. É pelo simples motivo de que sua mente estava “disposta” a fazer outra coisa, algo que não tinha mesmo que necessariamente ser feita naquela hora. A criança não se achava incluída nessa espécie de “disposição mental”, de forma que cuidar dessa criança nesse estado leva á irritação. Existe no homem uma tendência a consolidar seus sentimentos e emoções. Então, uma modificação não agrada. Possuir uma emoção é aparentemente, mais cômodo do que substituí-la, há pessoas que, entregues ao pranto, se ressentem quando outras lhe pedem que parem de chorar. Gostam e lhes agrada chorar. Ao descrever as três circunstâncias principais que contribuem para a irritação, ou seja: a condição física deficiente, associações erradas e a oposição a um determinado estado mental, chegaram à conclusão de que em todas essas circunstâncias predomina como fator mais importante, a falta de preparo por parte do individuo para superar as dificuldades que se lhe apresentam. Uma pessoa em condições físicas precárias, com a saúde abalada, não esta preparada para sofrer tensões. A pessoa cansada não quer ser incomodada, não deseja nada que a perturbe. O individuo vitima de associações erradas não está preparado para aceitar com benevolência certas condições diferentes das que imagina. Tais pessoas se acham preparadas em certas direções, mas não em outras. Para o primeiro caso, ou seja a irritação causada pela saúde deficiente, compete a pessoa tomara certas medidas: ausentar-se, ir para um lugar mais tranqüilo, escapar dos estímulos perturbadores, cortar as atividades ate um certo grau que lhe permita dispor de tempo suficiente para restabelecer-se. Em muitos casos, a pessoa não tem condições para deixar serviços e obrigações por falta de recursos materiais. Nesses casos, a única saída consiste em diminuir ao mínimo as suas atividades, a fim de proporcionar ao corpo a oportunidade de armazenar uma reserva de energias. Dificilmente uma pessoa consegue ajustar-se fisicamente se continua desenvolvendo a mesma atividade que causou o desgaste dos seus nervos. Deve ainda procurar alijar de si mesmo toda tensão excessiva, procurando ambientes relativamente isolados. Com respeito a irritação causada pela fadiga, tanto os fatores físicos como os mentais devem ser levados na devida conta. Em primeiro lugar a pessoa terá que melhorar as condições físicas, alimentando se bem e reduzindo o esforço muscular. A maioria das pessoas não se alimenta bem ou de maneira adequada. Quanto ao esforço muscular, é necessário ao individuo compreender que muitos serviços, ás vezes aparentemente simples, são realizados com um gasto de energia muitas vezes desnecessário. Tal serviço poderia ser realizado com menos esforço. Assim, é necessário fazer uma revisão no trabalho e ver o que poderia ser feito com menos gasto de energia. O mesmo esforço mental que realizamos para diminuir o cansaço constitui uma prova. As preocupações, as tensões internas, as decepções, criam com mais facilidade a fadiga do que o trabalho físico. Cada pessoa tem necessidade de coordenar uma melhor atividade conjunta do corpo e da mente, o que diminuirá sem qualquer duvida a irritação causada pelo cansaço. Certos indivíduos, de corrente nervosa retardada, podem com mais facilidade combater a irritação. Basta a tais pessoas regular o ritmo das suas atividades, não procurando imitar os mais ligeiros. É o caso de que algumas pessoas podem realizar muitas coisas num dia sem forçar muito os seus nervos, enquanto que outras não podem realizar tanto. Noutra parte desta obra tivemos ocasião de falar sobre esse assunto. Quanto ás pessoas cujas aversões estão ligadas ou associadas com certas circunstancias, objetos ou pessoas, estas são vitimas em sua maior parte da sugestão. Tais pessoas nunca procuraram saber as causas da sua irritação que consideram como coisa natural, um desses inexplicáveis fenômenos da natureza humana. Tais aversões, entretanto, são causadas por defeitos de educação, experiências isoladas da infância, cujas fontes ou origens permanecem no esquecimento. Assim, se a pessoa consegue pela recordação chegar ate as fontes das suas associações, descobrirá que a maior parte dela foram simples coincidências, que causaram aborrecimentos e decepções injustificadas.Existe qualquer razão que justifique o menosprezo de uma pessoa da “alta roda” para com uma pessoa pobre, mas respeitável? Logicamente, o individuo da alta.. Tensão Emocional: Psicologia Aplicada ao Comportamento (Vol. I) Relações Públicas Relações Humanas Autor: Alberto Montalvão e Aurora S. Rosa (org Assuntos abordados na obra: Psicologia; Comportamento, Relações Humanas; Estrutura Psicossomáticas; Consciencia de força. Tensão Emocional: Psicologia Aplicada ao Comportamento (Vol. I) Alberto Montalvão e Aurora S. Rosa (org.) Língua: Português (Brasil) Editora: Grupo Novo Horizonte Ano: 1980 Edição: n/c Ano da Primeira Edição: n/c Nº de páginas: 245 Medidas: 13x21 Encadernação: Capa Dura

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