domingo, 5 de dezembro de 2010

Avaliação Escolar

É o processo que possibilita conhecermos a fundo a qualidade dos serviços, e do ensino. Momento para sabermos dos nossos alunos o que está certo e o que podemos melhorar.
Quando pensamos em avaliação escolar, as primeiras ideias que surgem são: avaliação do aluno (realizada pelo professor), notas, aprovação e reprovação, sucesso e fracasso, premio e castigo. Mas sempre do aluno. Por quê? Será o aluno o único sujeito que merece ser avaliado na escola? Será que ele é a única personagem importante dessa instituição? (E não é a mais importante?) será que na escola é só ele quem deve aprender? Será que, sozinho, ele faz o sucesso e o fracasso escolares?
Vamos buscar, juntos uma maneira de pensar a avaliação escolar para que ela venha a ser, realmente, mais um recurso pedagógico que contribua para que a escola possa desempenhar seu papel na educação e na formação do aluno-cidadão.
Ora, o aluno precisa, sim, aprender, e é uma personagem muito importante, se não a mais importante, no contexto escolar. Mas há outros elementos a considerar. É pensando no aluno, nos seus direitos á educação e á cidadania, que a escola deve se organizar e se estruturar. Essa organização resulta do trabalho de diversas pessoas, em diferentes níveis do sistema educacional. A forma como uma escola se acha organizada é expressão das ideias daqueles que dela participam e daqueles que elaboram as diretrizes para a sua organização seja em nível municipal, estadual, seja federal.
Se a organização da escola envolve tantas pessoas (direta ou indiretamente), tantas normas, diretrizes e parâmetros, na tentativa de assegurar uma boa educação aos alunos, por quês era que, ao pensar em avaliação, penamos em avaliar primeiro ou somente o aluno? E mais: pó que a idéia de avaliação esta sempre associada á idéia de erros, falhas. Limitações, deficiências?
Na avaliação teremos sim o aluno como o principal sujeito do processo ensino-aprendizagem, mas não o único a ser avaliado. Ele será um dos elementos desse processo que participará da avaliação, de diferentes formas e em diferentes momentos. Mas antes de penarmos em avaliar o aluno, é necessário que pensemos na avaliação de uma maneira mais global, envolvendo tudo e todos que participam do processo educacional que acontece na escola. Quando todos participam, todos avaliam e são avaliados.
A avaliação esta presente em nosso cotidiano, escolar ou não. Pois avaliar é refletir sobre uma determinada realidade, a partir de dados e informações, e emitir um julgamento que possibilite uma tomada de decisão.
Infelizmente ainda temos professores que medem a aprendizagem de seus alunos, em vez de avaliar, por que registram os dados obtidos, anotam, e em seguida guardam esses dados.
Medir é apenas descrever uma realidade, ou seja, é obter dados e informações sobre ela. Enquanto avaliar permite fazer sugestões, encaminhamentos, tomar decisões.
Exemplo disso é uma professora que corrige as provas de seus alunos, atribui à nota e comunica o resultado a seus alunos e aos pais. Ou dá a nota e organiza um quadro para expor os cinco melhores.
Outra corrige as provas, identifica as questões que seus alunos não conseguiram responder, procura saber o porquê das dificuldades e depois planeja novas atividades para eles. Ou atividades de recuperação.
Avaliar é mais que medir. A medida limita-se a constatar uma realidade, a obter informações.
A avaliação antecede, acompanha e sucede o trabalho pedagógico, possuindo, pois, funções diferentes conforme o momento em que acontece. É o ponto de partida e ponto de chegada de todo e qualquer trabalho pedagógico. É a reflexão sobre a prática pedagógica da escola, buscando nos dados da realidade elementos que possibilitem a emissão de um julgamento de valor, visando a uma tomada de decisão.
Referencias:
LUCKESI. C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

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