domingo, 5 de dezembro de 2010

Orientação para os filhos

A forma mais segura de educar os filhos para o mundo de hoje é estabelecer uma boa comunicação com eles. para trabalhar a educação emocional é fundamental dar bons modelos em casa. Assim, é importante a maneira como os pais lidam com as próprias emoções e como se apresentam para os filhos são pessoas que erram, sentem, reconhecem suas falhas e enfrentam com maturidade e responsabilidade seus conflitos? É preciso dar modelos reais em contraposição à tendência, em determinadas fases do desenvolvimento, de mitificar os adultos.
O importante é que o diálogo ajude a criança/adolescente a reconhecer o certo e o errado a partir dos conceitos e valores apreendidos durante toda sua vida. Importante também nessas ocasiões é dar ênfase à relação entre atos e consequências, escolhas e responsabilidades.
A avaliação do que é certo ou errado depende de vários fatores, dentre eles o conjunto de regras internalizadas pela criança (ou jovem) a partir do seu relacionamento com a família e com os grupos sociais aos quais ela pertence – e aqui se inclui a escola”. Passado o choque da decepção, vem a compreensão de que certos atos têm conseqüências cuja responsabilidade o autor das ações deve assumir.
Citando Piaget (um estudioso do desenvolvimento cognitivo), a psicopedagoga explica que “crianças de aproximadamente cinco/seis anos têm como característica o absolutismo moral, ou seja, elas consideram as regras estabelecidas de maneira absoluta e inflexível. Assim, as regras de um jogo, por exemplo, são absolutamente fixas. Nesse estágio, uma criança considera que todas as quebras de regras resultam inevitavelmente em punição por parte dos adultos e julga as ações como boas ou más em função de suas consequências e não com base nas intenções de quem as executou. Conclusões do tipo “quem quebra seis copos sem querer é mais malvado do que quem quebra um de propósito” são comuns nesse estágio.
Já em torno dos sete anos, a criança desenvolve uma moralidade autônoma, ou de reciprocidade, na qual as regras são percebidas de forma mais mutável. Regras de jogos podem ser modificadas em comum acordo com os participantes. “A criança passa a notar, então, que violação de regras não resulta sempre em punição e leva em conta no seu julgamento moral as intenções de quem realiza as ações”.
"Então, ao conversar com a criança é preciso levar em consideração as limitações impostas pelo seu estágio de desenvolvimento para que a linguagem esteja adequada e se possa explorar apropriadamente sua capacidade de compreensão."
Se, infelizmente, as crianças estão mais expostas a esse tipo de notícia e de decepção, temos que usar essa mesma fonte para ajudá-las a desenvolver um olhar atento e crítico e reforçar valores fundamentais para que elas se desenvolvam como cidadãos e cidadãs (do bem).

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