terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

EQUIPE TRABALHANDO EM HARMONIA

O bom andamento de uma escola depende da articulação e da interação entre as diversas áreas. Diretor, coordenador, supervisor etc. precisam caminhar na mesma direção com um plano pedagógico equilibrado e seguro para garantir a aprendizagem de todos os alunos.
É preciso mudar esse cenário de lamentações e ousar fazer valer as boas idéias em ação.
Enfrentar os problemas reais surgidos no dia-a-dia, colocar em pratica os discursos leva á confiança e a valorização dos profissionais perante alunos e comunidade escolar.
Pois sabemos que autoridade e confiança dependem das conquistas diárias e dos bons exemplos. Papel de líder de grupo é ser compreensivo respeitoso com comportamento exemplar.
O docente precisa sair do nível do como e com o que fazer? Para pensar no que fazer e para quê? Sempre levar em conta nesse fazer e para que a realidade do entorno da escola, os aspectos sociais da comunidade, os problemas, as necessidades locais, diversidade cultural de vivência e de conhecimento entre os alunos.
Sabemos que não e fácil construir um bom plano de ensino, levando em conta todas essas variáveis.
Mas é necessário oferecer condições de estudos com atividades que promovam avanço continuo e estimulante. Com finalidade, realidade e plano de ação para acontecer a aprendizagem.
Chega de plano lógico e redacional que na pratica em sala é fracasso e culpa atribuída aos alunos. Os erros recorrentes de mera seqüência de conteúdos para determinado período continua ano após ano nas jornadas pedagógicas, e sempre acabam mal por serem construídas sem a participação e realidade da comunidade escolar.
O planejamento deve ser amplo com distribuição das tarefas, tempo e data de conclusão. Discutir o cronograma, as responsabilidades que cada um deve assumir respeitando o cumprimento do prazo previsto.
Maria do Carmo Abreu Silva Amambahy

Faça o que eu faço
Sua postura ao ensinar afeta diretamente a turma. Veja alguns exemplos de situações problemáticas e como alinhar idéias com ações.

Todo professor é avaliado a cada minuto por sua turma: tanto pode ser considerado um exemplo a seguir como ser taxado de incompreensível, volúvel, de comportamento estranho. Quando é visto como um modelo positivo, geralmente é porque age com coerência. "O discurso, quando colocado em prática, leva à confiança e à valorização da justiça, do respeito e da moral", explica Yves de La Taille, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Essa maneira de ser é posta à prova diariamente ao solucionar conflitos. É à hora em que os estudantes notam atentamente as reações do adulto. "A garotada aprende com a forma de seus professores lidarem com as contrariedades que aparecem na sala de aula e replica esses comportamentos", afirma Andréa Pólo, psicopedagoga e autora de materiais didáticos.

Outra maneira de garantir que os alunos captem a mensagem que está sendo passada é explicar um conteúdo agindo em consonância com ele. Suzana Moreira, coordenadora pedagógica da Escola Projeto Vida, se lembra de um professor que começou a recolher bolinhas de papel pelo chão enquanto falava sobre desperdício. No fim da aula, os estudantes estavam ajudando a catar o que tinha restado. "A autoridade e a confiança dependem de conquistas diárias como essa. Daí a importância do bom exemplo", ressalta.

Mas nem sempre é fácil agir conforme o que é certo. E os jovens percebem esses deslizes. Pesquisa realizada por Helena Imanishi, do Instituto de Psicologia da USP, com 520 estudantes do Ensino Médio, mostra que 48% confiam pouco nas pessoas experientes, como professores.

Para evitar que você faça parte de um grupo que causa desconfiança, reflita e repense seu discurso. Errou? Procure mudar sua prática. Tenha claro que seu papel como líder de um grupo é ser compreensivo e respeitoso e que o ambiente de trabalho requer um comportamento exemplar. A seguir, leia algumas situações que podem acontecer em sala e como elas têm efeito na formação dos alunos.
1. Não cumprir regras

Casos condenáveis Criticar a ilegalidade, mas comprar filmes piratas. Cobrar pontualidade dos alunos e se atrasar para começar as aulas.
Impacto para a criança Falar uma coisa e fazer outra pode levar os alunos a não distinguir o certo do errado e fazer com que se perca o parâmetro. Outra possível conseqüência é deixar, para os estudantes, a noção autoritária de que as regras valem só para algumas pessoas.

2. Exagerar na dose

Casos condenáveis Ameaçar chamar a polícia para localizar objetos que desapareceram em classe, expor diante de todos aqueles alunos com dificuldade na aprendizagem, pedir que alguém delate um colega.
Impacto para a criança Além de consagrar a ameaça como um meio para obter a verdade, chamar a polícia para tratar de um problema interno da escola é tratar os alunos como bandidos. Em vez de culpar toda a turma pelo desaparecimento do objeto, você pode colocar o problema para ser resolvido por todos e estimular a criança lesada a expor o que sentiu na situação. Dessa maneira, o responsável pelo ocorrido pode, no anonimato, devolver o pertence. Já o que tem suas dificuldades expostas diante da turma ou precisa delatar o culpado por alguma falta pode passar a agir com desrespeito dentro e fora da escola.
3. Vacilar no compromisso

Casos condenáveis Perder avaliações e trabalhos feitos pelos alunos, atender e falar ao telefone celular durante o horário das aulas.
Impacto para a criança No caso das provas, além de se sentirem desrespeitadas, as crianças que são vítimas recorrentes de desleixos como esse podem se tornar descrentes da seriedade do processo educacional ou da escola. Sobre o celular, a postura pode banalizar a falta de respeito e levar os estudantes ao costume de fazer coisas similares e não acharem justo quando repreendidos.

4. Partir para a humilhação

Casos condenáveis Gritar com os alunos, fazer comentários agressivos sobre outras pessoas, chamar um aluno por apelido grosseiro.
Impacto para a criança Além de ser desagradável para aqueles atingidos pelos berros ou pelas palavras do professor, a cena pode influenciar outros alunos a considerar as práticas aceitáveis e reproduzi-las. "Erroneamente, casos como esse, também essenciais para a formação moral dos discentes, são considerados como pouco relevantes pelas escolas e não ganham o espaço que deveriam nas discussões", critica Débora Rana, coordenadora pedagógica da Escola Projeto Vida e formadora do Instituto Avisa Lá.
5. Deslizar no palavrório

Casos condenáveis Empregar termos impróprios e palavrões ao explicar o conteúdo com o intuito de conquistar ou se aproximar dos alunos.
Impacto para a criança Imitando o professor, os estudantes podem achar que é correto utilizar palavras chulas sem adequar seu vocabulário às diferentes ocasiões e interlocutores.

0 comentários:

Postar um comentário